Administrado por Dom Vito Alberti Lavezzo e Dona Kate Alberti Rossetti, arquivistas do Vaticano.

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Exortação Apostólica Pós-Sinodal - Mitte Me Ad Gentes

EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL 
MITTE ME AD GENTES
DO SANTO PADRE 
JOÃO PAULO VII
AO EPISCOPADO, AO CLERO
ÀS PESSOAS CONSAGRADAS
E AOS FIÉIS LEIGOS
SOBRE
A MISSÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA

1. «HIC EGO, MITTE ME" - «Eis-me aqui, envia-me» É o pedido do profeta Isaías ao ouvir a voz do Senhor. [1] Esta também deve ser a reação do povo de Deus para exercer seu sacerdócio régio [2], do qual, sendo ungidos e regenerados pelo Espírito Santo, tornaram-se ''consagrados para serem casa espiritual, sacerdócio santo'' [3].

2. Exercer, enquanto cristãos, o sacerdócio régio é aceitar o chamado do Senhor, como fora feito ao profeta Isaías, e ardentemente seguir a missão anunciadora da boa-nova de Cristo. Sabendo, todavia, que a Igreja não se detém do poder salvífico é necessário firmar nosso apostolado [4], ainda mais, no anúncio do poder salvador que é detido no testemunho cristão, nas palavras e conselhos evangélicos para que estas sejam transmitidas com verdade e pureza.

3. No cenário hodierno da Santa Igreja, em meio as turbulências das cismas e das rupturas por ideais egocêntricos, perde-se, por diversas vezes, a essência de evangelizar e testemunhar o cristianismo que professamos e acreditamos. Diante disso, há uma profunda necessidade de relembrar nossa missão neste universo habbiano. 

4. Destarte, a missão surgiu da vontade do Pai, do qual enviou seu Filho Unigênito para proliferar seu amor na terra. Assim, o mistério de Pentecostes, por vontade d'Ele, foi enviado o Espírito Santo para que desse ânimo e força à Igreja e, por meio d'Ela, ''os fiéis pudessem ter acesso ao mistério de fé do Pai por Cristo, num só Espírito'' [5]. É Ele que elimina os nossos pecados e põe-nos no estado pleno da graça; é Ele que nos ressuscita e transforma-nos em templos santos da graça providencial. 

CAPÍTULO I
DA TRAJETÓRIA DO I SÍNODO DOS LEIGOS AO II SÍNODO DOS LEIGOS

5. No ano de 2018 foi convocado por Sua Santidade, o Papa Gregório III, o IX Sínodos dos Bispos com a pauta sobre o laicato. Com esse tema o Sumo pontífice compreendeu que os leigos e os ministros ordenados participam de um só sacerdócio, o sacerdócio régio. Dada a renúncia e consumação do papado e com a eleição de Sua Santidade, o Papa Urbano III, a Igreja voltou a tratar desse tema tão pertinente. 

6. Com a Exortação Apostólica Pós-Sinodal ''Sal Terrae'', meu predecessor, o Papa Urbano III, declarou que ambos os ministérios brotam do Coração aberto e chagado de Cristo, onde, por seu sangue, são lavados os pecados de toda à humanidade. Tal Sangue reúne e unifica todos os cristãos em uma só Igreja; como uma semente que cresce e frutifica. Da mesma forma, tanto o ministro ordenado como o leigo devem testemunhar a alegria do Cristo ressuscitado e evangelizar todos os povos, levando até ''eles sua luz [...], fazendo-os conhecer a alegria do Evangelho, que, como o sal, alegra a vida de quem conhece a Verdade''[6].

7. Ademais, durante o IX Sínodo dos Bispos a Igreja rejubilou-se pela abertura da primeira comunidade católica leiga fundada em solo habbiano, a comunidade Kairós. Tal evento foi comemorado devido o grande espaço dentro da Igreja concedido aos jovens que desejavam vivenciar sua fé e seu carisma publicamente. 

8. Após o advento do sínodo dos leigos e a abertura da comunidade, veio o Papa Paulo III, que não deixou este espírito missionário morrer, promovendo missões pelos quartos públicos, com o intuito de evangelizar a todos os presentes.

9. Logo após, o Papa João II, ao definir a natureza da Santa Igreja no Habbo Hotel, na resolução Conciliar do Vaticano VII, declarou que nossa missão é transmitir a fé Católica a todos, pois Ela é a portadora da Verdade invicta, a Palavra de Deus e seus ensinamentos. ''Desta maneira, a Igreja Católica no Habbo Hotel deve ser fiel transmissora da fé Católica, arrebanhando as almas para Deus, como um pequeno reflexo da glória da Igreja na realidade'' [7]. Sem dúvidas o IX e o X Sínodo dos Bispos deram continuidade a missão do anúncio da boa-nova de Nosso Senhor, pois, em consonância ao santo magistério, determinaram novas diretrizes de como difundir o kerigma cristão. 

10. Mais adiante, meu predecessor, o Papa Pio VII, no ano de 2019, entre todos os seus malefícios, exerceu uma única ação missionária, - que foi coordenada e dirigida pelos cardeais e o clero arquidiocesano de aparecida - realizando a Jornada Mundial da Juventude, com o intuito de conseguir fiéis leigos comprometidos com a Santa Igreja. A seguir, o Papa Paulo IV, com o mesmo ideal, em 2020, convocou uma nova Jornada Mundial, da qual foi inteiramente dirigida pela comunidade Kairós e por outros leigos residentes no Brasil. Após o sucesso que a Jornada causou, foi convocada a I Assembleia dos Leigos, com o intuito de voltar as raízes do I Sínodo. 

II CAPÍTULO
DA CONVOCAÇÃO DO II SÍNODO

11. Frutos esses tão notáveis que o meu antecessor, o Papa João Paulo VI, convocou o II Sínodo dos Leigos através da Carta Apostólica ''Ecclesiam Populi'', com a intenção de ''que irriguemos nossa mentalidade com a palavra de Deus, e para além desta é necessária a acolhida fraterna entre os irmãos, e também a acolhida da igreja, que é uma doce mãe que acolhe e instrui seus filhos''[8]; mostrando mais uma vez, o desejo ardente pela evangelização que Nosso Senhor introduz em sua Igreja, sendo Ela a principalmente difusora da fé. 

12. No mesmo período, o referido pontífice renunciou dias após a convocação, deixando assim, a presidência do X Sínodo dos bispos ao próximo papa vigente. Em seguida, após assumir a Cátedra Petrina, dei início aos trabalhos pré-sinodais com as comissões, que apresentaram os planos de estudo e as suas conclusões sobre o material norteador.

13. Durante largos dias, diante de uma das épocas mais difíceis da Santa Igreja, as comissões esforçaram-se em seus laboratórios e materiais de pesquisas, dando sempre prioridade aos seus trabalhos sinodais e a temática em questão. Sempre trazendo consigo a pergunta: ''Qual a missão da Igreja no habbo?''; esta foi uma das perguntas mais amplas do sínodo, pois representava lados positivos e negativos, dos quais os padres sinodais tentavam abstrair sua essência.

III CAPÍTULO
DOS TRABALHOS SINODAIS 

14. O X Sínodo dos bispos deu-se início no dia 27 de junho de 2020, do qual em sua I Sessão recordou-nos de dois papas muito importantes no que cerne à inclusão laical na Igreja: Urbano III e Paulo IV. Tais predecessores deram amplo espaço ao laicato, desde trabalhos na Cúria à permissão para vivência do carisma fraternal. 

15. Desse modo, o sínodo, como solene exercício do ministério episcopal, enquanto auxiliares do governo pastoral da Santa Igreja, desencadeou a importância da ação missionária no habbo. ''É necessário realizar um caminho de acompanhamento e motivação que reúna o clero e aqueles que lhe foram confiados, para que desempenhem ardoroso e frutífero trabalho na sociedade e, até mesmo, em ambientes hostis para a Igreja. Este relacionamento deve ser baseado em cumplicidade mútua, onde o pastor confie em sua ovelha e a ovelha em seu pastor''[9], assim, requer que o pastor tenha o ''cheiro de suas ovelhas'', porém, não apenas isso, suas ovelhas também devem apresentar os traços de seu pastoreio. Por isso, sendo condenado por esta Sé o egocentrismo e o contratestemunho cristão, os padres sinodais se opuseram aos pastores que pregam para si e não para o seu povo.

16. O mesmo pensamento foi trabalhado no IX Sínodo dos Bispos, quando foi colocado em pauta a má convivência dos pastores com suas ovelhas, ao ponto de não evangeliza-las, mas sim fugir de seu povo. A I Sessão veio em contraponto a esta tática, ao condenar o pensamento antigo que dando visibilidade aos leigos vão perder os tesouros da tradição e seus ''poderes'' eclesiásticos.  ''A missão dos leigos na Igreja é exercer o sacerdócio régio e zelar pela liturgia, como seu agente, participar ativamente dos serviços pastorais e colaborar para o bom desenvolvimento dos serviços presbiterais'' [10], foi esta abertura pastoral que o Concílio Vaticano II veio dar a Santa Igreja, ao conceder funções que outrora apenas sacerdotes poderiam realizar.

17. ''Será que realmente estamos compreendendo a nossa missão como igreja, discipulado evangelizador?'', foi a frase que norteou as discussões da I Sessão sinodal. Após o início da pauta muitos padres sinodais tiveram a oportunidade de fala, onde expressaram seu profundo agradecimento a Igreja do Habbo e declararam que nossa única missão é difundir a palavra de Deus nos locais em que ela não chegou. Adiante, condenaram as disputas por poder e as divisões que ocorrem no seio da Santa Igreja, destacando que devemos nos entregar ao Espírito de amor, de unidade e, principalmente, de ciência de nossos atos. 

18. Tais direcionamentos foram essenciais para a compreensão de tudo que estaria por vir nas discussões sinodais. Conceder os primeiros passos através da busca pela essência do apostolado - que por muitas vezes foi perdida - faz com que a igreja pense como Mãe acolhedora, como apóstolos do Senhor e como missionários enviados para o anúncio da Boa-Nova.

IV CAPÍTULO
DAS AÇÕES MISSIONÁRIAS

19. Ao olhar para o hodierno cenário da Santa Igreja é necessário desenvolver formas eficientes de evangelização, que se expandam para além da admissão no apostolado como sacerdotes ou religiosos(as), mas também enquanto missionários de vida consagrada, ministros leigos e até mesmo como fiéis praticantes em nossas comunidades eclesiais.

20. Todavia, reformular as táticas de evangelização exige que tenhamos constante contato com as experiências já apresentadas. Portanto, considerando que o principal objetivo da Santa Igreja Habbiana detêm-se no anúncio das Palavras de Salvação, da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, do Cristo Salvador, reitera-se a necessidade da assiduidade das missões pastorais, que podem ser conhecidas por inúmeras denominações, como Santas Missões Populares, Missões Populares, Anúncio Kerigmático, entre outros.

21. Ao prescrutar as missões já realizadas por grupos, ou ministros, é necessário abster-se de práticas comuns, mas que podem gerar um afastamento ou estranhamento dos princípios do apostolado. Destarte, é necessário compreender que as missões não devem visar, unicamente, conseguir padres, mas realizar o anúncio do kerigma e a partir deste inserir os que foram evangelizados dentro das comunidades cristãs, apresentando o carisma, a espiritualidade e o propósito do apostolado.

22. Dentre tais práticas, é necessário ressaltar poucas, que se tornaram frequentes. Práticas como uso de trajes que sobreponham ou substituam totalmente as vestes talares (batina, hábito, entre outros.). Uso de termos inadequados, chulos ou esdrúxulos. Uso do denominado "flood", tal ato é conhecido por atrapalhar o bom desfrutar dos jogadores que estão no ambiente.[11] Portanto, é necessário que ao sair em missões populares seja reforçado e ressaltado ainda mais o comportamento cristão, a serenidade, a seriedade e também o jubilo de seguir ao Cristo Ressuscitado.

V CAPÍTULO
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

23. A comunicação é a arte de se expressar que nasceu desde a história primitiva, sem ela nada seria como é hoje. Assim, a Igreja compreendeu que deve se expandir até nas redes sociais, para que possa atingir um novo público alvo e consiga difundir os ensinamentos de Nosso Senhor. 

24. O próprio Deus se comunica pelas sagradas escrituras, e por essa palavra nasce um meio de autocomunicação do coração do Pai, onde conhecemos os mistérios da encarnação do Filho e da comunhão com o Espírito. É a partir disto que a Igreja evangeliza, pregando com o auxílio da palavra, pois compreende a proposta de amor e a comunhão do coração de Deus.

25. É diante desses meios que podemos expressar nosso trabalho de ser Igreja, de pregar Cristo a todos os povos. É Ele que manifesta por esses meios a sua esperança, a qual é garantida pelo Espírito Paráclito em sua diversidade de dons (I Cor. 12, 4-14). Cristo, o grande profeta, que pela vivência da vida e a força da palavra demonstrou e comunicou o reino do Pai, efetua o anúncio salvífico da fé, até à total revelação do esplendor do reino celeste. 

26. Tal fato foi trazido pelos padres sinodais como um momento da Igreja conseguir mais vocações para o seu seio, pois demonstra a mansidão e compromisso do clero com a evangelização. Porém, foi deixado claro que o ambiente cibernético pode ser a porta de contradições da vida cristã, pois os clérigos podem se dispersar e criar situações hostis. Desse modo, o clero deve espelhar-se na pessoa do Cristo, para que possamos irradiar realmente nosso encargo na Igreja habbiana. 

28. Assim, a Igreja não só deve se fazer presente em outras plataformas, mas deve exalar, a partir de seus ministros e leigos, sua santidade e sua diversidade de carismas. Não é só ir aos locais que necessitam ser cristianizados, mas sim saber cristianiza-los. À vista disso, deve-se ser tomar como exemplo o silêncio de Maria, profético e humilde, ao passar despercebido pelas escrituras e deixar que Cristo ''faça grande maravilhas em nossas vidas'' (Cf. Magnificat - S. Lucas 1, 46b-55). 

VI CAPÍTULO
DA FORMAÇÃO LAICAL

29. O ministério sacerdotal de Nosso Senhor Jesus Cristo foi pautado no anúncio do reino de Deus a todos que Ele encontrava no decorrer de sua trajetória. Nosso Senhor adentrou nos corações mais duro e converteu as almas mais impuras através de seus princípios. ''A Igreja recebeu dos Apóstolos este mandato solene de Cristo, de anunciar a verdade da salvação e de a levar até aos confins da terra (cf. Act. 1,8). Faz, portanto, suas as palavras do Apóstolo: ''ai de mim, se não prego o Evangelho'' (1 Cor. 9,16), e por isso continua a mandar incessantemente os seus arautos, até que as novas igrejas se formem plenamente e prossigam, por sua vez, a obra da evangelização'' [12]. Desse modo, com o intuito de perpetuar sua missão, Ele escolheu Pedro e os demais apóstolos para anunciar a boa-nova do santo Evangelho a todos, dando-os força e coragem através de Seu Espírito. 

30. Assim, a partir dessa missão e sucessão apostólica que deu-se início à Santa Madre Igreja, pois foi n'Ela que Nosso Senhor confiou a guarda da fé e de seus ensinamentos. ''Esta mesma Igreja, deixada por Jesus aos apóstolos, desenvolveu-se conforme nos explicita as sagradas escrituras'' [13].

31. Do mesmo modo é a Igreja habbiana, que fora fundada por inspiração divina no coração de jovens que apenas almejavam difundir a fé católica naquele ambiente dotado de personalidades que não tinham experimentado a vivência interior com Cristo. Hodiernamente, podemos ver que o projeto de evangelização obteve um êxito louvável, pois durante seus 14 anos de fundações pôde recuperar muitas almas para a Igreja da realidade.

32. Dessarte, infelizmente muitas vezes essa missão foi desvirtuada quando membros do alto-escalão favoreceram a clericalização do Vicariato de Cristo e deixaram de lado a tarefa de conseguir vocações leigas para o seio do Baluarte da Fé. Entretanto, com o surgimento do IX Sínodo dos bispos, pautado sob a lógica laical, a Igreja abriu as portas para novamente despertar em seu interior à missão inicial de seus fundadores, buscando sempre transmitir os princípios da fé e da moral aos seus fiéis.  

33. Dessa forma, compreende-se com o termo ''formação laical'' o ato de ensinar o tesouro da fé que a Igreja protege, para que não seja corrompido. E através disso, Ela transmite a sabedoria que herdou do Cristo, seu fundador; não guardando para si, mas para seu rebanho. ''Há três caminhos para o fracasso: não ensinar o que se sabe, não praticar o que se ensina, e não perguntar o que se ignora'' [14], como portadora do magistério santo e incorrupto, a Igreja, esposa de Nosso Senhor, tem a missão de transmitir isso aos seus fiéis, para que possam absorver o necessário para sua santificação e salvação. 

34. Assim, o serviço laical, aqui compreendido também como sacerdócio régio, deve vir em complemento ao serviço exercido pelos sacerdotes e seu ministério. De toda forma, o leigo pode exercer seu serviço como protagonista, através de missões populares, do próprio testemunho cristão e da convivência fraterna, incentivando a participação de outros fiéis leigos. Para isso o leigo necessita receber uma formação concreta e embasada com os documentos da Igreja para que possa auxiliar tanto nos âmbitos litúrgicos, pastorais e administrativos. 

35. Para tanto, ressaltamos a suma importância de incentivar a participação dos leigos na Santa Missa, seja através do ofício litúrgico, como leitores, cantores, coroinhas ou demais funções que podem ser exercidas por leigos, adquirindo, desse modo, experiência nos diversos encargos que a Igreja tende à oferecer. 

36. Convém então aos dicastérios da Cúria Romana a formulação de uma apostila didática e pedagógica para que possa ser utilizada como material de estudo nas formações e no aprofundamento da missão do laicato na Santa Igreja, como fora abordado na I Assembleia dos Leigos. Pois é obrigação dos fiéis católicos que atenham-se à educação pautada na fé católica (Cf. CDC/211), sendo, de fato, de caráter da Igreja ajuda-los neste processo.

VII CAPÍTULO
DAS VIDA RELIGIOSA

37. Pelo batismo somos todos congregados na mesma fé e na mesma Igreja, por isso nos tornamos irmãos por intermédio de Cristo e de Seu Pai. A vida de um batizado é não somente a missão, mas também sua comprovação de vivência cristã. Assim também são as ordens religiosas, fundadas sob seu carisma e pautadas na santificação através de seus esforços e na unidade do Espírito. 

38. Tal Espírito chama todos a sua vocação, concedendo-lhes sua própria tarefa, que deve ser experimentada todos os dias como uma oportunidade de santificação interior e de exemplo exterior. À vista disso, incumbe também as ordens religiosas a aceitação de leigos que desejem participar do carisma; desde que seja comumente ao estatuto aprovado. 

39. ''Tendo-se feito obediente até à morte e tendo sido, por este motivo, exaltado pelo Pai (cfr. Fil. 2, 8-9), entrou Cristo na glória do Seu reino. Todas as coisas Lhe estão sujeitas, até que Ele se submeta, e a todas as criaturas, ao Pai, para que Deus seja tudo em todos (cfr. 1 Cor. 15, 27-28). Comunicou este poder aos discípulos, para que também eles sejam constituídos em régia liberdade e, com a abnegação de si mesmos e a santidade da vida, vençam em si próprios o reino do pecado (cfr. Rom. 6,12); mais ainda, para que, servindo a Cristo também nos outros, conduzam os seus irmãos, com humildade e paciência, àquele Rei, a quem servir é reinar'' [15]. Cristo foi obediente até o fim ao desígnios de Seu Pai, assim também deve ser a Igreja e seus fiéis, pois fomos consagrados inteiramente a este serviço. Desse modo, a Igreja dispõe a serviço de seu rebanho a possibilidade de adentrar a um apostolado laical, onde todos são reunidos em fraternidade para vivência de seu carisma. 

VIII CAPÍTULO
DO LAICATO E O MAGISTÉRIO DA SANTA IGREJA 

40. O Código de Direito Canônico (CDC) é um conjunto de livros e leis que legislam a Santa Igreja com suas normas maiores. A priori, o Código deixa claro no cânon 204 que os fiéis são incorporados a Cristo a partir de seu batismo, do qual são chamados a santificação e sua profunda união com o Criador. Assim, expõe logo a princípio a missão do leigo, que chamado ao ministério régio, deve encontrar maneiras para seguir sua tarefa diante da missão confiada por Deus à Igreja.

41. Portanto, este chamado não pode ser interrompido e nem achado como empecilho para Igreja, mas sim um esforço interior de ajuda-la em suas necessidades. Diante disso, o Cânon 211 vem declarar que: ''Todos os fiéis têm o direito e o dever de trabalhar, a fim de que o anúncio divino da salvação chegue sempre mais a todos os homens de todos os tempos e de todo o mundo.'' Assim, todos os fiéis leigos gozam do livre direito (dever) de evangelizar todos os povos, sendo os primeiros a demonstrarem uma vida reconciliada com o Pai. 

42. Porém, admoestamos que os leigos não gozam de poderes ilimitados na Santa Igreja, devendo, portanto, respeito, zelo e submissão ao ministro ordenado ao qual está sob suas legislação. ''Cada qual seja submisso às autoridades legitimas constituídas, porque não há autoridade que não venha e Deus.'' (Rom 13,1). Assim, mesmo que hajam algumas autoridades que não sejam coerentes ao seu ministério, ''com a verdade e com a doutrina da Igreja Católica, esses não são maioria, ou ao menos não deveriam ser'' [16], devemos respeito as suas ordens, desde que estejam em consonância a Santa Doutrina (Cân. 212, §1 e §2). Pois, ''a Igreja de Cristo enquanto parte do corpo místico do Cristo deve apresentar-se sem mancha nem ruga, ao contrário, deve apresentar-se resplandecente, santa e imaculada (Cf. Ef. 5, 25-27). Assim, a Igreja também se estende pelo mundo, atravessa os séculos e tem uma personalidade moral, essencialmente sobrenatural e absolutamente único'' [17]. A Santa Igreja vence os terríveis pastores que tentam assolar o povo santo e congregado de Deus, pois sua missão é justamente essa, impedir o reinado do pecado e do mal sobre a terra. 

43. Diante disso, Santo Irineu declara que a Igreja utilizou da sucessão apostólica para resguardar os tesouros da fé, cuidando com um cuidado fiel e cauteloso, para que ela possa transmitir novamente esses mistérios aos seus fiéis. Deste modo, deve transmitir suas leis ao seu rebanho, elucidando a todos que o laicato tem por direito a obediência as normas da Igreja; o dever de evangelizar todos e o chamado à santidade.  

IX CAPÍTULO
DA UNIDADE CRISTà

44. O Filho de Deus, totalmente despojado das coisas matérias que o mundo oferece, doou-se no madeiro da cruz o Seu Corpo e Sangue, em prol da humanidade. Cristo abraçou a morte e venceu-a por sua ressurreição gloriosa, e remiu o homem ao eliminar seus pecados. Assim, agiu de misericórdia ao dar-nos perdão por nossas grandes faltas; bem como nos congregou como irmãos, unidos pelos sacramentos que brotam do Seu Coração, à Igreja.

45. É neste Coração, isto é, neste Corpo santo que Nosso Senhor nos unifica em conjunto aos irmãos que professam um só batismo e a mesma fé, através de Seu Espírito que paira sobre a terra e nos renova. ''Porque há um só pão, nós, que somos muitos, formamos um só corpo, visto participarmos todos do único pão'' (1 Cor. 10,17), este Corpo é a Igreja, esposa d'Ele, que existe para ser meio de fraterna convivência dos cristãos e de assistência com os sacramentos. Assim, nos tornamos um só Corpo, pertencente a um só Senhor, autor da vida e da humanidade. 

46. A cabeça deste Corpo é Cristo, mestre e sumo sacerdote. ''Ele é a imagem do Deus invisível e n'Ele foram criadas todas as coisas. Ele existe antes de todas as coisas e todas n'Ele subsistem. Ele é a cabeça do corpo que a Igreja é. É o princípio, o primogênito de entre os mortos, de modo que em todas as coisas tenha o primado (cf. Col. 1, 15-18). Pela grandeza do Seu poder domina em todas as coisas celestes e terrestres e, devido à Sua supereminente perfeição e ação, enche todo o corpo das riquezas da Sua glória'' [18]. 

47. Desse modo, a Santa Madre Igreja é este corpo que recebe todo o poder do primado de Nosso Senhor, da qual ganha a diversidade de funções em seu interior, deixando que os dons se espalhem em conformidade do Espírito e todos se tornem apenas um Corpo (Rm. 12, 4-5). Assim, pela perfeita unidade de Cristo entre o Pai e o Espirito Santo, a Igreja beneficia-se desta extrema e magnânima comunhão de amor. 

48. Logo, os leigos como participantes e beneficiados por pertencerem a este Corpo, tornam-se irmãos de Cristo por este vínculo de condescendência e fraternidade. Sendo assim, todos nós como membros da Santa Igreja desfrutamos deste vínculo do Espírito santificador e munidos pelos laços da Eucaristia.  

49. Como apresentado na Exortação Pós-Sinodal ''Sal Terrae'', a eucaristia é este vínculo de unidade, fraternidade e amor que a Igreja recebeu do próprio Cristo em sua última-ceia, como memória, sinal e presença real do Nascimento, Calvário e Ressurreição de Cristo.

X CAPÍTULO
DO TEMPO FUTURO

50. Ao entrarmos na atmosfera dos sonhos, é impossível não recordar de duas imagens relevantes para a história do povo de Israel. Por um lado, no antigo testamento, vemos José do Egito, o jovem dos dois sonhos. Em seu primeiro sonho, José contou aos seus irmãos que "sonhou que estavam no campo" (Gn. 37, 5). Na história Bíblica, o campo simboliza muitas coisas, dentre elas, o território não demarcado para ação evangelizadora da Igreja. Como em nossa realidade habbiana, o campo seria a plataforma de entretenimento que conhecemos como 'Habbo Hotel BR/PT'. É bonito recordarmos também que este mesmo jovem de fé [José] se entrega inteiramente aos planos do Criador. Caminhamos para a ideia que irá dirigir este capítulo; qual o plano de Deus para o Habbo Hotel? Qual meu sonho?

Em seu segundo sonho, José via que o sol, a lua e onze estrelas se curvavam diante dele (Gn. 37, 9). Ora, temos explicitamente uma confirmação da missão evangelizadora que doravante José exerceria. Os treze símbolos personalizam o sonho de Deus para com seu jovem filho amado. Assim também é conosco, Deus tem um plano para cada um de nós, inclusive para a Igreja Habbiana. Contudo, é necessário - como José - que possamos discernir estes sonhos, para que, enfim, façamos-os realidade em nossa vida. Portanto, o plano de Deus para o Habbo Hotel é uma vida baseada em Sua palavra, anunciada a nós pelo Filho do Homem.

51. Ao nos debruçarmos no novo testamento, vemos seis referências a respeito de sonhos, contudo, abraçaremos uma figura ícone na vida de Jesus; José, o carpinteiro. O pai adotivo de Jesus, patrono da Igreja e custódio da Sagrada Família, é um homem de sonhos. Inicialmente, José é convidado a seguir o plano salvador de Deus-pai, ao assumir a Virgem Maria por esposa (Mt. 1, 24). Nós também, a exemplo de São José, esposo de Maria, somos convidados a aceitar o plano de Deus em nossa vida, sem nunca nos esquecermos que Ele nos concede o livre arbítrio. Em suma, é importante também que sejamos obedientes como também foi Pai de Jesus, que ao receber a mensagem divina, com prontidão e fé, assumiu a paternidade do Filho de Deus e tomou sobre si, sem nunca reclamar, tamanha dádiva (Mt 1, 25).

52. Ainda recordando José, esposo de Maria, vemos no capítulo subsequente ao citado anteriormente, que ele [José] era homem obediente. Novamente em sonho, Deus o comunica que haveria uma grande tribulação e que o Menino Deus seria perseguido. Sendo solícito ao mandato do Criador, José toma a mãe e o Menino e obedece a Deus (Mt 2, 13). Assim também nós somos convidados à obediência. Muito me encanta um povo que toma sobre si o amor do Criador. O Povo de Deus é amado e por ser amado, obedece ao Amor.

53. Seria herético dizer que Deus sonha, porquê estaríamos descaracterizando os atributos divinos de Deus: oniciência, onipotência e onipresença. Contudo, ao refletirmos a imagem e a vida dessas duas personagens Bíblicas, personalizamos o plano salvador de Deus na vida do Seu povo. Deus, por meio dos seus enviados, manifesta seu poder e sua glória em meio às nações. É ele o rei da glória (Sl. 24).

Sonho missionário

54. Ao concluirmos este segundo sínodo direcionado e vivenciado pelos leigos, experimentamos o plano de Deus por meio do sonho de seu enviado, o Sucessor de Pedro (n. 53). É nítido, que como aludido no início deste capítulo, precisamos dar uma resposta para a proposição que Deus nos apresenta. É singular, ainda, que sejamos solícitos para com Àquele que cuida de nós.

55. Refletir sobre meu sonho missionário para o tempo futuro da Igreja, é olhar para a nossa realidade contemporânea e pensar em uma realidade decorrente muito assídua para com o Povo de Deus (n. 19). Penso que ao debatermos nas sessões sinodais, das quais me fiz presente, a atualização das táticas evangelizadoras, é fazer frutificar ainda mais a atual ação da Igreja. O anúncio querigmático, modelo missionário que tenho particular afeição, é papel individual e comunitário de todo cristão batizado. Esse protagonismo deve se tornar presente em todas as casas religiosas do nosso orbe habbiano. Sonho com uma Igreja que saia ao encontro, e mais do que isso, que se faça encontro. Se fazer encontro é estar aberta às atualizações dos tempos, sem modificar sua essência cristológica.

56. Em suma, vejo atualmente uma igreja nova, renovada pela ação poderosa do Espírito Santo. Tenho experimentado em diversas ocasiões, sobretudo neste último mês, o ardor de um novo clero. Não somente em pessoas, mas em atos missionários. É proveitoso e honesto dizer que a igreja habbiana se vê perante um futuro promissor. Não tenho medo em dizer que, atualmente, o clero me encanta os olhos. Claro que há erros, mas a vontade de sublinhar a presença de Deus em nosso meio, é alimentar um sonho que se consuma imortal. Sonho com uma Igreja que demonstre, com atos, palavras, testemunhos, a presença de Deus no Habbo Hotel BR/PT. Sem se ater à vivência ritualística, grande tesouro da fé, mas abrindo-se à ação carismática do Santificador.

Sonho comunicador

57. Me vejo à praia de um mar diferente. Quando conhecemos a história que nos é narrada pelo livro do Êxodo, no antigo testamento, nos deparamos com um livro repleto de lembranças. A mais conhecida; a passagem do mar vermelho (Ex. 15). Vemos que 
Moisés fez partir os israelitas em direção à terra prometida, onde corre leite e mel (Ex. 33, 3) e o povo testemunhou, mesmo depois de muita labuta, o cumprir da promessa de Deus. Ao versarem este grandioso fato do Povo de Deus, refletimos a importância da comunicação e do comunicador. O povo aqui é protagonista de um novo tempo, o tempo do cumprir da vontade divina, personificada na chegada à Canaã. A mensagem comunicada é a vitória da Santíssima Trindade. 

58. O comunicador é aquele que grita no deserto, como fez João Batista. É aquele que proclama a libertação do povo, como fez Moisés. No hodierno, é preciso que o Povo de Deus, como nos conta a tradição, se levante e proclame o reinado de Cristo. Sonho com uma igreja que use de todos os meios de comunicação possíveis, observada a diligência para as ações eclesiais, para dar a conhecer ao povo, sobretudo no campo missionário do habbo (n. 50), as maravilhas que o Senhor fez a nós. Somos convidados por Deus para fazermos como Maria, que ao cantar o magnificat anunciou e comunicou a Ação divina em sua vida, história e família.

Sonho laical

59. Em minha primeira Carta Encíclica SACERDOTIUM REGIUM, dissertei acerta do sacerdócio que é exercido em conjunto pelos Ministros Ordenados e pela comunidade laical. Ao elucidar esta passagem do Magistério da Igreja, recordo-me de alguns debates sinodais. Falávamos que o leigo, a leiga, o consagrado, a consagrada, precisa ter mais espaço em nossa vida eclesial. Mas às vezes me pego pensando, e nós? Por fim, somos todos filhos do Criador, alguns têm mais funções, outros poucas, alguns não exercem funções. Contudo, a nossa atividade não tira nossa dignidade batismal. Os leigos se encaixam em "muitas atividades, dentre as quais, salientei os serviços dentro da sagrada liturgia, como os ofícios de leitores, músicos, ministros da comunhão, coroinhas". Também são inseridos nas "realidades pastorais", como protagonistas da comunicação do reinado de Cristo em nossa vida (n. 58).

60. O ministério laical é de singular importância em nossa vida, tendo em vista que os ministérios "brotam do Coração aberto e chagado de Cristo" (n. 6). Como o disposto, sonho com uma igreja que realize momentos em que os leigos sejam coordenadores, enaltecendo, por fim, a sua imagem e atividade junto ao clero. Sonho com leigos e leigas compromissados ao grandioso "ide" (Mc. 15, 16), vivenciando, junto com os Ministros Ordenados, este novo ardor missionário que brota do coração do II Sínodo dos Leigos.

Sonho religioso

61. A priori, discorrer sobre os impactos deste Sínodo dos Bispos na vivência do carisma religioso, é entender que precisamos ser "testemunhas cristãos em um mundo plural". Se nos apegamos a uma ideia ultrapassada e inócua, corremos alto risco de errar e não consumir o anúncio querigmático. Como tratei anteriormente, e como os Padres Sinodais deliberaram em suas sessões, é preciso que sejamos verdadeiramente "cristãos autênticos" e abertos ao chamado do Cristo senhor.

62. Damo-nos conta de que no mundo somos chamados à vivência cristã. Sobretudo os religiosos e religiosas, que professam os votos de pobreza, castidade e obediência. Antes de mais nada, precisamos de uma re-significação diária destes compromissos assumidos. Sonho com religiosos que encontrem no Cristo Jesus, a imagem do religioso que cuida dos outros e se abre para ser cuidado. Muitas vezes vemos nas passagens Bíblicas, que os Apóstolos vão às cidades para buscar alimento para o Mestre. Não por acaso, somos convidados também à dar sentido a nossa missão, por isso se faz necessário a consumação do meu sonho, e peço que também seja o vosso, de uma re-significação diária do nosso ser. Somos convidados a diariamente responder a dúvida socrática do "conhece-te a ti mesmo".

Sonho da unidade

63. Ciente das tensões crescentes na nossa realidade contemporânea, sinto-me impulsionado pelo Espírito Santo para versar acerca da unidade. A unidade é sempre reconhecida em Deus, pois ele é Uno. Sabemos que, por todos os problemas dispostos no hodierno, a unidade é um sonho ainda utópico, pois é figurado em pessoas. Sonho com uma igreja que seja una em Cristo, por meio de sua ação missionária e inclusiva. Vejo uma necessidade humana de deter para si algumas funções que dizem respeito ao seu estado perante a Santa Igreja, isso é uma lástima. É preciso que sejamos "sal da terra" em um mundo que tanto se perde nos meios de poderios. Precisamos ser "luz do mundo" que se encontra obscurecido pela ânsia pelo poder.

64. Ao falar de unidade, recordo-me do grandioso mistério da Santíssima Trindade. Três pessoas em uma única divindade. A priori, nos parece estranho, porquê vemos este mistério com os olhos da carne. Ao nos abrirmos à ação do Consolador, lucramos com seus carismas e entendemos, à luz do Espírito Santo, que a unidade é o agir de Deus na vivência humana. O reino que é divido não representa Deus, pois Deus é Uno (n. 63). Por isso, sonho com uma igreja que sempre busque a união, a concórdia, a inclusão e a vivência, verdadeira, do mistério santificador de Deus, no Filho, em comunhão com o Espírito.

CONCLUSÃO

65. Convido a todos para a leitura dos documentos sinodais que são disponibilizados por esta Sé Apostólica. Após expor os meu sonhos pessoais, convido-vos também a reflexão e, após isso, consumação da paixão pelo Senhor e por todo o seu reino. Jamais nos percamos do Caminho, da Verdade e da Vida. Sejamos abertos e autênticos seguidores do Criador.

66. Como iniciei esta Exortação Apostólica com uma passagem bíblica de convite, admoesto a todos vós, que encontrem em si e nos outros o Amor. Nunca deixemo-nos esquecer que antes da missão, temos que conter em nós a essência amorosa de Deus-pai. Ele, que mesmo após grandes tribulações, divisões, pecados e contendas, nunca abandonou a nossa missão e sempre nos guiou neste campo (n. 50) evangelizador.

67.  Destarte, elevamos nossos corações ao Senhor, propósito deste apostolado, para que n'Ele, por Ele e com Ele, possamos vivenciar a experiência amorosa oriunda de Seu Coração aberto e chagado. Em profunda oração, acolhidos nas chagas do Coração de Cristo, em profunda amizade com o Pai, Criador, e orientados sob a proteção do Espírito Santo Paráclito, nos unamos em oração: 

Ó Trindade Santa, Amor pleno e eterno, que estabelecestes a Igreja como vossa ‘imagem terrena’:

Nós vos agradecemos pelos dons, carismas, vocações, ministérios e serviços que todos os membros do vosso povo realizam como “Igreja em saída”, para o bem comum, a missão evangelizadora e a transformação social, no caminho vosso Reino. 

Nós vos louvamos pela presença e organização dos cristãos leigos e leigas na igreja habbiana, testemunhas de fé, santidade e ação transformadora. 

Nós vos pedimos que os batizados atuem como sal da terra e luz do mundo: na família, no trabalho, na política, e na economia, nas ciências e nas artes, na educação, na cultura e nos meios de comunicação; na cidade, no campo e que assim possam exercer o seu "Sacerdócio Régio”. 

Nós vos rogamos que todos contribuam para que os cristãos leigos e leigas compreendam sua vocação e identidade, espiritualidade e missão, e atuem de forma organizada na Igreja e na sociedade à luz da missão anunciadora evangélica.

Isto vos suplicamos pela intercessão da Sagrada Família, Jesus, Maria e José, modelos para todos os cristãos.
Amém!

Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia 06 de agosto – Festa da Transfiguração do Senhor – de 2020, primeiro ano do meu Pontificado. 

IOANNES PAULUS, Pp. VII
PONTIFEX MAXIMUS

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[1] Livro do Profeta Isaías;
[2] Carta Encíclica SACERDOTIUM REGIUM, João Paulo VII, n.1;
[3] Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM - Sobre a Igreja, Capítulo II, n. 10;
[4] Constituição Conciliar SALUS ANIMARUM - Sobre a Igreja no Habbo Hotel, de João II. Capítulo I, da Natureza Eclesial; 
[5] Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM - O Espirito santificador e vivificador da Igreja, n. 4;
[6] Exortação Apostólica Pós-Sinodal ''Sal Terrae'', de Urbano III, Papa;
[7] Constituição Conciliar SALUS ANIMARUM - Sobre a Igreja no Habbo Hotel, de João II. Capítulo I, da Natureza Eclesial; 
[8] Carta Apostólica ECCLESIAM POPULI - Da qual se convoca o II Sínodo dos Leigos, João Paulo VI, Papa. 
[9] Exortação Apostólica Pós-Sinodal ''Sal Terrae'', de Urbano III, Papa - Relação entre Laicato e o Clero; 
[10] Carta-pastoral Domini Gregis, da Congregação para os Leigo, n.4, D. Joseph Card. Ravassi
[11] Documento sinodal da Comissão para Ações Missionárias. D. Tomás Kapllerschalange, Pe. Mauro Capellari, Sra. Alccione Catherine.
[12] Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM - Carácter missionário da Igreja, n. 17. 
[13] Documento Sinodal da Comissão para Formação Laical. Dom Vitor Lavezzo e Sra. Kate Alberti.
[14] Das homilias e crônicas de São Beda, Monge e Doutor da Igreja. 
[15] Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM - A santificação das estruturas humanas pelo apostolado dos leigos, n. 36.
[16] Documento sinodal da Comissão para as Legislações Canônicas. D. Giuseppe Maria d'Médici Card. Betori, Dom Pedro Card. Viegas.
[17] Documento sinodal da Comissão para as Legislações Canônicas. D. Giuseppe Maria d'Médici Card. Betori, Dom Pedro Card. Viegas.
[18] Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM - A Igreja, Corpo místico de Cristo, n. 7.