SACRUM CONCILIUM LATERANENSIS
DECRETUM CONCILIARE
CONGREGATIO IN AMARE
(Sobre a Relação Ecumênica e Inter Religiosa)
BENEDICTUS EPISCOPUS
SERVUS SERVORUM DEI
UNA CUM SACROSANCTI CONCILII PATRIBUS
AD PERPETUAM REI MEMORIAM
INTRODUÇÃO
Congregados no amor, é esta a expressão que emergiu diante da grandiosa assembleia dos padres conciliares, nos dias do mesmo concílio.
Tendo, portanto como luz norteadora, a mensagem do Senhor Jesus Cristo: “Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti” (Jo 17, 21), somos neste caminho conduzidos, para a integração e unidade entre toda a comunidade dos crentes e não crentes.
Este decreto, não esteve diretamente ligado aos debates e trabalhos conciliares, mas foi visto necessário pelo bem das relações com os povos, e da Igreja para com os demais irmãos de outras denominações cristãs ou não cristãs.
Acima das várias divergências e problemas, este documento toma por parte e empenho, e como ponto de unidade entre as religiões várias, a “paz”, a paz que deve haver entre todos os humanos, como irmãos semelhantes.
A relação com as outras denominações cristãs (Ecumenismo)
Em destaque e foco, dirigimo-nos a comunidade dos crentes cristãos, daqueles todos que conosco mantem a Fé, pelo Cristo Senhor dos tempos, aquele que reconciliou e salvou o mundo por sua cruz.
Pertinentemente solicitados pela mensagem de paz do Senhor, e por meio deste concílio, desejamos dar resposta e corresponder, que não se pode haver divisões entre as comunidades cristãs, diante da necessidade do anúncio evangélico, nem da missão pela paz.
Os cristãos, como súditos fieis do príncipe da paz, devem em união, superando as divisões, anunciar a paz ao mundo, pelo amor que brota do madeiro sagrado.
Os irmãos separados, são conosco no empenho do anúncio, e juntos como construtores da paz, e no tempo que for necessário, se alcançara as mais próximas unidades.
A relação com as outras denominações não cristãs (Diálogo Inter-Religioso)
O sacro concílio, quis voltar-se também aos não crentes no Senhor Jesus, para rememorar que mesmo, não numa mesma confissão ou denominação, somos todos convidados a sermos construtores de paz.
A paz é o precioso bem da humanidade, é também, pela unidade humana, entre os semelhantes superando as divisões, que alcançaremos a paz e a concórdia entre todas as comunidades.
Os clérigos e os demais denominações religiosas
Os clérigos devem como promotores de paz, evitar os atritos, e promover a caridade entre os irmãos sejam cristãos ou não, procurando trata-los com respeito e dignidade humana.
Os debates e outros eventos ecumênicos, inter-religiosos, ocorram com a participação dos clérigos de fato interessados num debate construtivo, sendo sempre ponto norteador a paz. Evitando de todas as maneiras possíveis, as ofensas, as críticas e a desregrada imposição.
CONCLUSÃO
O sacrossanto concílio de Latrão, não se posiciona sobre motivos, temas, de fé ou históricos, mas alicerça este nosso escrito no bem comum dos povos e no respeito humano mútuo.
Concluímos com o rogo do amparo da santíssima Virgem Maria, para que junto dela e de toda comunidade dos crentes, possamos viver em harmonia humana, tendo em vista o bem comum e a concórdia.
Romae, die VII mensis Octubrus Anno Sancto Misericordiae MMXVI
Roma, 07 de Outubro do Ano Santo da Misericórdia de 2016.
+ Benedictus Pp. III
Catholicae Ecclesiae Romae Episcopus
